terça-feira, 26 de junho de 2012

Bandeira do brasil !



CAROS PAIS DA UNIDADE I (PEDRINHO) SÃO CRISTÓVÃO

Os profissionais do Colégio Pedro II, Professores e Técnicos, encontram-se em greve desde o dia 18 de Junho. As negociações com o Governo Federal ainda não lograram êxito. Reivindicam reposição salarial e realização de concursos públicos para admissão de professores com garantia de estabilidade.
Como vemos, a questão do ano passado para este ano, não mudou!
Estamos apoiando o movimento, como no ano passado, pois entendemos que esta luta é de toda comunidade escolar, incluindo aí, nós pais, que almejamos um Pedro II sendo sempre referência de qualidade de excelente ensino.

Observamos no entanto, desde o ano passado, que no segmento, Pedrinho (1o.ano ao 5o.ano) a greve se dá de uma forma um pouco diferente das demais unidades (II e III): alguns professores não aderem à greve, alegando em sua maioria, que não querem  prejudicar o calendário escolar e a formalização dos conteúdos pedagógicos. Com isso, ficamos nós pais e alunos em uma Unidade funcionando parcialmente (muitos técnicos param), com horários de aulas partidos e tendo que nos virar e decidir se as crianças vão, e como vão às aulas. O transtorno que nos causam os professores que não param acabam sendo maiores do que se todos estivessem parados. Temos dificuldade em mandar as crianças que ainda não vão para escola sozinhas por serem pequenos, em horários diferenciados. Por vezes, as turmas ficam com a metade de alunos e o professor como está lá, continua sua programação normal: computação de presença, matéria nova e avaliação.

 Para os pais e alunos restam uma dupla penalização:
1- durante a greve com continuidade do trabalho de alguns professores e a decisão de mandar ou não as crianças e sofrer as consequências dessas decisões: se mandamos, temos que nos virar para levar ou buscar em horário partido e ter consciência que estamos indiretamente sendo instrumento do insucesso do movimento de paralisação;
2- Depois da greve, mesmo tendo aula durante a greve, temos a reposição das aulas cujos professores fizeram paralisação. Ressaltamos que essa reposição nunca é integral.
Na reunião ocorrida em 19 de Junho convocada pelos professores em greve do Pedrinho com pais desta Unidade (Foram pouquíssimos responsáveis), as mães que estavam presentes, resolveram levar a seguinte proposta para a Direção Geral do Colégio Pedro II: Que o calendário escolar seja suspenso, e a aplicação dos conteúdos pedagógicos sejam retomados a partir da deflagração da greve, ficando o professor impedido de dar falta ao aluno, conteúdos novos ou avaliações nesse período da greve.
Hoje dia 26/06, alguns pais foram à Assembleia dos Servidores para apoiar esta proposta. Já sabemos que o Comando de Greve aprovou a proposta e os próprios levarão para Direção Geral.

Caso a Direção Geral não acate esta proposta, a Comissão Provisória de Pais convocará uma reunião com a Direção do Pedrinho e pais para discutir o assunto.

Até lá, cada um de nós pode ajudar mandando e- mails para Direção Geral ou Ouvidoria do CPII sobre a suspensão do calendário escolar e também mandando e-mails para órgãos do Governo Federal para agilizar um acordo o mais rápido possível, com os servidores do Colégio.

NAPACPII - Nova Associação de Pais do Colégio Pedro II - Complexo São Cristóvão

INFELIZMENTE, A GREVE CONTINUA...DILMA, NEGOCIA!

DENÚNCIA SOBRE A EXPANSÃO DO CPII E MOTIVOS DA GREVE! MUITO INTERESSANTE!!

Coluna do Elio Gaspari - O Globo 24/06/2012
O triste retrato do Colégio Pedro II

Os mestres do Colégio Pedro II, joia da coroa do ensino público desde o tempo do imperador, aderiram à greve dos professores federais. Tornaram-se um exemplo do que o comissariado faz com sua rede de ensino.

Expandiram a estrutura do colégio, que hoje reúne 14 unidades. A de Realengo foi inaugurada por Lula em 2007 e reinaugurada em maio passado pelo comissário Aloizio Mercadante. O quadro docente da franquia Pedro II tem 1.179 professores. Deles, 251 são contratados temporários, boias-frias do magistério público. Se um mestre avulso vai-se embora, uma turma pode ficar sem professor de Matemática por meses. Faltam inspetores, técnicos e vigias. Depois da greve de 52 dias do ano passado, o governo prometeu um plano de carreira. Até hoje, nada.

A percentagem de temporários oscila entre 10% (Humaitá I) e 37,5% (Realengo I). Na unidade de educação infantil de Realengo I, só dois dos 14 professores são efetivos. De 17 contratados, sete foram embora. Parte do mobiliário ainda não chegou. A sala de informática tem 18 laptops sem mouse nem Internet.

Governo marqueteiro faz política de educação inaugurando e reinaugurando escolas, contratando obras, encomendando equipamentos que não chegam e prometendo 600 mil tablets inúteis. Professor, que é bom, nada.

Graças à Internet, professores de Stanford e do MIT dão cursos sem escolas. O comissariado tenta inventar escolas sem professores.

ESSAS MATÉRIAS SAÍRAM NO JORNAL O GLOBO E FOLHA DE SÃO PAULO.



quinta-feira, 21 de junho de 2012


Elementos que indicam a precarização das relações de trabalho no Colégio Pedro II em decorrência da Expansão do Colégio.

1 – A relação entre professores substitutos ou temporários e o número total de professores é muito maior nas unidades Realengo e Duque de Caxias, superando um terço do total de professores. É preciso destacar que nesta relação estão inseridos também todos os cargos de direção e coordenação que são ocupados por professores efetivos. Ou seja: em sala de aula, a relação é ainda pior.

Unidade Centro (6º ano até o Ensino Médio): 10 substitutos em um total de 82 professores (12,2%)

Duque de Caxias (Ensino Médio) 11 substitutos em 29 professores (37,9%)

Engenho Novo I (1º ao 5º ano do Ensino Fundamental): 10 em 61,5 (16,3%)

Engenho Novo II (6º ano até o Ensino Médio): 26 em 117 (22,2%)

Humaitá I (1º ao 5º ano do Ensino Fundamental): 6 em 61 (9,8%)

Humaitá II (6º ano até o Ensino Médio): 23,5 em 122 (19,26%)

Niterói (Ensino Médio): 8,5 em 47,5 (17,89%)

Realengo I (1º ao 5º ano do Ensino Fundamental): 10 em 28 (37,5%)

Realengo II (6º ano até o Ensino Médio): 34,5 em 108 (31,9%)

São Cristóvão I  (1º ao 5º ano do Ensino Fundamental): 10 em 108,5 (9,2%)

São Cristóvão II (6º ao 9º ano do Ensino Fundamental): 22,5 em 89 (25,6%)

São Cristóvao III (Ensino Médio): 17,5 em 121 (14,5%)

Tijuca I: 9 em 59,5 (15,1%)

Tijuca II: 22 em 119,5 (18,4%)

Total: 221 em 1153 (19,1%)

Nota: alguns números aparecem fracionados porque a comparação é feita considerando professores que trabalham em regime de 40 horas. Como temos no Colégio professores contratados para regime de 20 horas, esses são considerados 0,5.


Fonte destes dados: relatório oficial das contas públicas de 2011 do Colégio, disponível em http://www.cp2.g12.br/contas_publicas/contas_2011/Relatorio%20de%20Gestao%202011.pdf



2 – Em 2011 a expansão da precarização continuou. Por ocasião da inauguração da Educação Infantil (crianças de 4 e 5 anos) em Realengo, a Diretora Geral Vera Maria fez um discurso onde admitia:

Hoje há 2.115 alunos matriculados em 70 turmas das duas Unidades Escolares [de Realengo], em cursos que vão desde a Educação Infantll de 4 e 5 anos – primeira Unidade  a contar com essa faixa etária, antecipando-se à previsão legal, passando pelo Ensino Fundamental quase completo – só nos falta o 5º ano, que será atingido em 2013 com a consolidação da Unidade I e chegando ao Ensino Médio Regular e Integrado. Para atender a esse universo discente, que vai dos 4 aos 60 anos, por vezes até os 80 anos, contamos com 184 professores e 50 servidores técnico-administrativos. É uma valorosa e competente equipe, liderada com entusiasmo e dedicação pelos dois Diretores e respectivas equipes. Temos  consciência de que precisamos de mais servidores docentes e técnicos para manter, não só aqui, mas em todas as Unidades Escolares que integram o Colégio Pedro II, a oferta de ensino público de massa e de qualidade do qual tanto nos orgulhamos. Mas estamos confiantes que, em breve, com a aprovação do PL 2134/2011, para cuja conclusão sabemos do empenho pessoal de Vossa Excelência, teremos não só a tão sonhada lei equiparando o Colégio Pedro II aos Institutos Federais, concedendo-lhe a estrutura correspondente à sua importância no panorama educacional brasileiro, como também a criação de 300 cargos docentes e 320 cargos técnico-administrativos, permitindo que realizemos concursos nos próximos anos, até 2014, pondo fim a um longo e sofrido período de carência de recursos humanos.


Ou seja, sem no final de 2011 havia 136 professores e em maio deste ano a Diretora informa a existência de 184 professores, sem que tenha ocorrido qualquer concurso, a situação obviamente piorou. A implantação da Educação Infantil ocorre nesse contexto. Importante notar também a presença de apenas 50 técnicos para 2.115 alunos. Estes técnicos exercem funções de secretaria, orientação educacional e de inspetores, entre outras.


3 – No final de 2011, o Colégio estava próximo de 20% de contratos temporários. Algumas unidades já ultrapassaram esse teto. A forma que o governo encontrou para resolver isso foi criar uma divisão entre professores substitutos e temporários, como admite um comunicado da própria direção:

Portanto, a diferença existente é para a Instituição: enquanto o professor substituto, para ser contratado, necessita que haja um código de vaga docente correspondente a uma vacância ou a um afastamento previsto em lei, e seu quantitativo total não pode ultrapassar 20% (vinte por cento) do total de docentes efetivos em exercício na Instituição, para contratar um professor temporário não há essas exigências, posto que ele é admitido para atender à expansão das Instituições Federais de Ensino. Esta é exatamente a situação do Colégio Pedro II, que vem passando por um processo de expansão, desde 2004, com a criação de quatro novas Unidades Escolares sem que tenham sido criados novos cargos docentes ou técnicos, apesar de todos os esforços das antigas e da atual Direção-Geral, porque, para que isso aconteça, é preciso um projeto de lei modificando a estrutura do Colégio e criando os cargos e funções necessários. Esse projeto, elaborado pela Instituição e apreciado pelo MEC, encontra-se há mais de um ano no MPOG.





A própria escola admite que a expansão ocorrida desde 2004 ocorreu sem a criação das vagas necessárias!

O dado mais recente mostra que o número de professores (Docentes) contratados corresponde hoje a 21,3% do total:

A Autarquia Federal Colégio Pedro II possui atualmente em seu Quadro funcional cerca de 1680 servidores ativos, entre docentes e técnico-administrativos. Integram também sua força de trabalho 251 professores contratados (contrato temporário).

Quadro I - Força de Trabalho.
DOCENTES EFETIVOS
928
DOCENTES CONTRATADOS
251
TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS
752
FORÇA DE TRABALHO
1931

Mês base: JUNHO 2012


Para fins de comparação, em 2009 o percentual de contratados em relação aos efetivos era de 17,9%
Fonte:



4 – Muito importante: O Projeto de Lei citado aqui algumas vezes (PL2134/2011 que se tornou o PLC 36/2012) foi fruto da greve de 52 dias no ano passado. Tramitou lentamente pela Câmara Federal desde então e, “curiosamente” acelerou seu passo depois que as Universidades entraram em Greve e a Educação básica federal ameçou fazer o mesmo. Espera atualmente sanção da Presidente Dilma. A questão aqui está em saber quando será sancionado e quando os concursos serão realizados, já que estabelece um prazo de até quatro anos para que as 300/320 vagas sejam ocupadas.



Gente, professores e funcionários convidaram pais do Ensino Fundamental para explicar por que professores, funcionários e os alunos do Pedro II (em assembleia própria, na segunda-feira) aderiram à greve nacional. Estive lá ontem, e trago um relato a vocês.
Um resumo da atual realidade do colégio:
O quadro docente do Pedro II tem 940 professores, sendo que 250, quase um terço deles, são temporários, contratados avulsos para suprir a falta de concursos. É gente capacitada, mas que vai embora no meio do ano letivo, ou porque o contrato acaba ou porque não aguenta o tranco, deixando as turmas sem aula de matemática por meses, até que se tape o buraco com outro temporário, e assim vai.
Isto se agrava com o número crescente de vagas abertas por aposentadoria - é uma instituição antiga e o quadro só faz envelhecer, sem renovação - e com a expansão da rede, estimulada pelo governo federal.
O Pedro II não se resume mais às tradicionais do Centro, São Cristóvão e Humaitá. São hoje 14 unidades. Mas a política de expansão só investe em prédios. A estrutura humana é a mesma para atender às 14 unidades Pedro II, espécie de franquia de boa escola pública.
No campus Realengo, de toda a equipe docente, apenas dois (2) são concursados. De 17 contratados temporários, sete deixaram as turmas no meio do caminho.
O sucateamento atinge ainda o quadro de funcionários. Técnicos administrativos cuidam de planilhas só quando não estão no pátio, porque não há inspetores, assistentes de professores, vigias.
Enquanto servidores do município e de qualquer empresa têm reajuste anual para pagar a inflação, os federais da educação não têm data-base, que garantiria a reposição de perdas. Então, veem subir o aluguel, o pão, o ônibus, a mensalidade escolar com o mesmo salário no fim do mês.
Depois de negociação no ano passado, após 52 dias de greve, o governo se comprometeu a criar finalmente o plano de carreira, dar 4% de reajuste no salário-base e abrir concursos para contratar novos professores e funcionários. Mas o acordo não foi cumprido e nada mudou. Se o governo não assinar estas medidas até agosto, não poderão entrar em vigor para o ano que vem.

A greve de professores e funcionários foi decidida por votação. Com crise de consciência por saber que, parando as escolas, quem sai mais prejudicado é o aluno, mas admitindo não ter outra ideia melhor, os professores e funcionários buscam mobilizar a sociedade, NÓS, para que o governo atenda às justas reivindicações, e esperam nosso apoio.
Na próxima terça, dia 26, há outra assembleia, na unidade São Cristóvão, às 9h. Podemos participar, apesar de não termos direito a voto, expressando nossa angústia e dando sugestões para que a negociação ande rápido - escrevendo pros jornais, nas redes sociais, cobrando os deputados federais, o ministro Mercadante, a presidente Dilma, mobilizando o maior número possível de pessoas numa Primavera da Educação.
O movimento é nacional, está forte, então a essa altura nos cabe pôr a boca no trombone pra ajudar. Ações possíveis:
  • Participar de atos públicos
  • Mandar cartas aos jornais
  • Fazer barulho nas redes sociais
  • Ligar para a Ouvidoria do MEC
  • Escrever para os deputados federais
  • Organizar abaixo-assinados
Professores e funcionários reconheceram e pediram desculpas por não terem nos mobilizado e informado antes, e criaram um blog para divulgar notícias da mobilização - http://pedrinhohumaita.blogspot.com.br/
Hoje haverá Ato Unificado da Educação, na Grande Marcha da Cúpula dos Povos, saindo às 13h da Rua Primeiro de Março (Assembleia Legislativa, em frente ao Menezes Cortes), rumo à Candelária (lá, às 15h). Convocam a participação de todos, usando roupas pretas.

O PII Humaitá está com 70% de adesão à greve - incluindo todas as turmas de 1o ano. No ano passado, o Pedrinho manteve as aulas, mas marcou atos e acreditava na participação dos pais, que não apareceram. Na reunião de ontem havia pelo menos 100 pessoas, incluindo professores que votaram contra a greve, e o clima natural de apreensão e cobrança pela volta às aulas foi dando lugar a um compromisso geral de mobilização, de "o que podemos fazer para ajudar", enquanto eles se comprometeram, além da reposição das aulas, acolher as crianças na volta e minimizar as perdas.
Acredita-se que, com a força do movimento nacional, esta seja curta.
As aulas serão repostas. Assim que terminar professores e direção vão fazer o calendário de reposição, e seremos informados. 
Sobre a aprendizagem: alfabetização é um processo que não termina em um ano. O que as crianças aprenderam não se perde, e devemos estimular que leiam, façam as atividades aos poucos, palavras cruzadas, continuem estimulados. 
Sobre férias: impossível prever quanto tempo vai durar a paralisação, é uma greve nacional. Podemos acompanhar a evolução pela imprensa, pelo blog. As assembleias gerais determinam a continuação ou fim da greve. A próxima assembleia é terça, dia 26. 
Festa junina: a ideia da diretora é adiar para agosto, disse a Marialda na reunião que tivemos sobre entrada e saída. 
Vamos usar os canais de que dispomos pra que nossos filhos voltem logo para a sala de aula, e que a escolha que fizemos por uma educação pública de qualidade seja garantida. Um abraço a todos!
Itala

segunda-feira, 18 de junho de 2012

GRÊMIO ESTUDANTIL UESC


Hoje, 18/06/12, em nossa Assembleia Geral, ficou decidido que os alunos de todas as unidades do Colégio Pedro II entrarão em GREVE GERAL !! 

Pedimos a todos vocês que espalhem esta noticia e que não frequentem as aulas durante o período de GREVE !! Mostrem que somos unidos !! 

ESSE ANO FICARÁ MARCADO NA VIDA DE TODOS NÓS !

sábado, 2 de junho de 2012

Educação Emancipatória - Educar para a Autonomia

Significando: Educação Emancipatória - Educar para a Autonomia: A possibilidade de um ensino crítico, criativo e comprometido com a mudança social vem crescendo numa visão nova. Porém, ainda a criatividad...